A coleta seletiva é um processo que otimiza a destinação dos lixos. Ou seja, é a separação e recolhimento de resíduos descartados por pessoas e/ou empresas. Os materiais que podem ser reciclados devem ser separados de materiais orgânicos que servem para compostagem: Folhas e flores secas, cascas de ovos, restos de frutas e vegetais, lascas e raspas de madeira, ramos, borras de café (incluindo o filtro) e restos de carnes são alguns deles.
E os rejeitos, que não apresentam nenhuma forma de reutilização, devem ser destinados a aterros sanitários.
Segundo o CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, existem dez tipos de lixeiras disponíveis para uma coleta seletiva eficiente, representadas por diferentes cores:
Contudo, é importante tomar algumas providências para a separação ideal. O material deve ser higienizado.
O tempo que leva para chegar até o processo de reciclagem pode contribuir para a proliferação de sujeiras que atrapalham o processo final. Além disso, nem todos os plásticos podem ser reciclados, como é o caso de:
Esses devem ser descartados juntos com os rejeitos.
Contudo, papel vegetal, papel celofane, papel carbono, etiquetas e adesivos, papel higiênico, lenços e guardanapos não podem ser reciclados.
Atualmente, algumas cooperativas já trabalham reciclando laminados, espelhos e vidros temperados, que costumam deixar o processo mais caro e trabalhoso.
É importante se atentar para o descarte de vidros quebrados, sempre que esse for o caso, o ideal é colocar os cacos em embalagens plásticas resistentes e sinalizar possíveis acidentes. Lâmpadas não são recicláveis, lojas que vendem esse material devem possuir postos de coleta para o descarte correto.
Embalagens de produtos enlatados: latas de milho e molhos, latas de sucos, refrigerantes e cervejas, entre outros produtos, devem sempre ser higienizados para a reciclagem.
Agulhas, clips, grampos e esponjas de aço não são recicláveis.
Esses materiais devem ser entregues às assistências técnicas ou estabelecimentos que comercializam, pois, a responsabilidade por recolher adequadamente as pilhas e baterias usadas é do fabricante. No rótulo de algumas embalagens é possível identificar se o descarte pode ser feito no lixo comum.
A Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, determina regras específicas para o descarte desses resíduos.
Medicamentos vencidos, gases, algodão, agulhas, seringas, materiais cortantes e outros materiais devem ser descartados em caixas amarelas disponíveis em hospitais, farmácias e ambulatórios. O descarte irregular pode comprometer a saúde da população e contaminar o solo e a água, já que podem estar infectados com substâncias tóxicas, além de sangue, urina, fezes, etc.
Todos que trabalham no setor madeireiro devem oferecer o serviço de descarte adequado desses materiais. Deixar madeiras em terrenos baldios, áreas públicas ou lixões configura em crime ambiental e passível de multa, de acordo com a lei nº 9.605/98.
O lixo radioativo de maior proximidade com o nosso dia a dia é o lixo produzido em laboratórios de exames clínicos. Esse lixo deve ser descartado em institutos energéticos.
A reciclagem do lixo orgânico pode ser feita em casa, é utilizada para compostagem, que serve como adubo natural para todos os tipos de plantas.
São resíduos sólidos que não servem para reciclagem, que já atingiram todas as possibilidades de reaproveitamento.
Segundo a Abrelpe – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, cerca de 80 milhões de toneladas de lixo são geradas por ano no Brasil, mas somente 4% são recicladas. Outro fator importante é o fato de que não são todos os municípios brasileiros que contam com a coleta seletiva de lixo, o número fica em cerca de 70%. Esse lixo é constantemente descartado no meio ambiente, contaminando o solo e lençóis freáticos, aumentando o aquecimento global. Além de gerar o desperdício de energia e água.
A reciclagem é um processo mais consciente de reaproveitamento de produtos que podem ser utilizados de diferentes maneiras, isso é importante quando levado em consideração o tempo de decomposição de alguns materiais. O vidro, por exemplo, demora mais de 1000 anos para desaparecer completamente do meio ambiente.
Além disso, a reciclagem gera renda para milhares de brasileiros, que dependem da coleta para a sobrevivência. Ainda de acordo com a Abrelpe, o Brasil perde R$14 bilhões por ano por não reciclar adequadamente. Ou seja, trata-se de um processo importante para o meio ambiente, saúde humana e economia do país.
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