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O que é tendência no mundo do plástico pós-pandêmico

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A sustentabilidade é a palavra-chave para empresas crescerem

A pandemia do coronavírus foi essencial para que empresas de vários setores investissem em novas soluções e oportunidades. Com a indústria de plástico não foi diferente. O setor ganhou muito ao buscar novas tendências, oferecendo produtos otimizados à reciclagem. 

Ao fabricar produtos que sejam mais fáceis de reciclar, a indústria de plásticos deixou de ser vista com uma vilã do meio ambiente e passou a colaborar com a sustentabilidade. 

Neste artigo, vamos lhe apresentar as tendências globais no mundo do plástico após a pandemia. 

Sustentabilidade 

Imagem de garrafas pet em formato redondo

O mundo está cada vez mais preocupado com o meio ambiente e o aquecimento global já é uma realidade que nos assombra. Por isso, a sociedade exige que as grandes companhias parem de pensar apenas no lucro e passem a criar maneiras para reduzir os estragos causados nas florestas e nos oceanos. 

Muitos consumidores ficam atentos às atitudes empresariais e dão preferência àquelas que optam pelo desenvolvimento sustentável. Duas pesquisas comprovam essa tendência. Líder global em dados e insights, a consultoria Kantar demonstrou em sua pesquisa que 48% da geração millennials e centennials aguardam que empresas sejam precursoras das mudanças durante a crise socioambiental. Já o Instituto Ipsos avaliou que 85% dos brasileiros priorizam a proteção do meio ambiente. 

A especialista em Sustentabilidade, Neurociências e Comportamento, Juliana Zellauy Feres, afirma que daqui a alguns anos, os consumidores serão mais exigentes quanto à responsabilidade social das empresas. De acordo com ela, a sociedade ficará mais atenta à postura das empresas, principalmente ao meio ambiente e ao combate aos impactos sociais na população mais vulnerável. 

Com a pandemia, a exigência da sustentabilidade empresarial ficou ainda mais evidente. Ela se tornou uma necessidade e as corporações não têm como fugir dessa responsabilidade. Empreendimentos de qualquer segmento empresarial devem adotar processos que contribuam com o bem-estar social, econômico e ambiental. 

A indústria de plástico é um dos setores que pensam em soluções para o aumento na geração de resíduos domiciliares. Na verdade, depois de muitas pesquisas, o segmento conseguiu alguns avanços significativos para reduzir os impactos nocivos ao meio ambiente e agregar valor aos seus produtos. 

Veja aqui algumas tendências do setor de plástico no pós-pandemia:

1.Bioplásticos 

Essa novidade já está presente no nosso dia a dia e pode ser encontrada em diversas embalagens. São os biopolímeros e bioplásticos ou plástico verde. As matérias-primas utilizadas para o bioplástico são mandioca e cana-de-açúcar.  O produto se tornou uma tendência mundial, ideal para embalar alimentos e bebidas. Segundo o pesquisador do Biofabris (Instituto Nacional de Biofabricação /Unicamp), Luiz Jardini Munhoz, os plásticos verdes são biodegradáveis, compostos por matérias-primas de fontes renováveis, que podem ser de origem vegetal ou animal. Entre os insumos utilizados para a fabricação de plástico biodegradável estão cana-de-açúcar, soja, milho, amido de arroz. Outra vantagem do bioplástico é o fato de não utilizar petróleo na sua composição. Isso torna o processo de fabricação mais sustentável porque não agride o meio ambiente. 

No Brasil um exemplo de produtos biodegradáveis são canudos e copos descartáveis. Em muitas cidades, por meio de uma legislação própria, o canudo de plástico verde substituiu de uma vez por todas os tradicionais. Já os copos e pratos descartáveis ainda são utilizados de forma massiva, mas alguns restaurantes e lanchonetes já utilizam os de material biodegradável. 

2.Tampas fixadas às garrafas plásticas

As tampas plásticas são um perigo para a natureza, principalmente para os oceanos. Os mares do mundo estão repletos desses objetos que colocam em risco a vida de muitos animais, como peixes e tartarugas marinhas. além do próprio ser humano. 

Resolver o problema não é fácil, mas a União Europeia (UE) busca uma solução para reduzir a quantidade de tampinhas no meio ambiente. Uma norma editada pelos países que compõem a UE determina que as tampas das garrafas e embalagens com capacidade de até três litros permaneçam fixadas aos recipientes mesmo durante o uso do produto. 

Essa alteração deve ser implementada até 2024 nas nações da União Europeia. O Brasil ainda não tem nada relacionado a tampas fixas, mas não vai demorar até que essa prática seja adotada no país. É importante que as empresas de plásticos comecem a pensar nesta possibilidade de produção, que tem como objetivo evitar mais lixo plástico no meio ambiente. Além disso, os responsáveis pelo setor de compras e os consumidores podem passar a exigir esse compromisso. 

3. Economia circular do plástico 

Essa tendência é uma ideia fundamentada na vida útil do plástico e na reincorporação de resíduos no ciclo produtivo por meio da reciclagem. O método ajuda na eficiência energética e retira o plástico das florestas, dos rios e mares, além de ser um meio de trabalho para milhões de pessoas. 

Uma pesquisa desenvolvida pela WWF (Fundo Mundial para a Natureza) coloca o Brasil como 4º maior produtor de lixo plástico do mundo. O país fica atrás apenas de EUA, da China e da Índia.  Neste sentido, a reciclagem torna-se ainda mais necessária e deve ser incentivada pelas grandes corporações e criadas soluções para que o produto não seja mais um fator de contaminação. 

Segundo levantamento da consultoria MaxiQui, em parceria com o Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), em 2019 houve um crescimento de 10% na reciclagem do plástico. De 757 mil toneladas saltou para 838 mil toneladas de reciclados, demonstrando que a economia circular é uma das tendências globais. 

4. Embalagens flexíveis 

Uma das tendências da indústria de plástico é a produção de embalagens flexíveis, intensificada em 2020. A solução atende ao novo perfil de consumidor, que preza pela sustentabilidade. Além disso, com a pandemia, a fabricação de embalagens flexíveis ganhou folego, melhorando o desempenho do produto em diversos pontos. Os estudos ajudaram a equilibrar a sustentabilidade com higiene, limpeza e segurança alimentar. 

5. Inovação

A gestão da indústria de plásticos também precisa ser repensada e investir em inovação é o melhor caminho. É possível aumentar a produção enquanto se reduz os impactos no meio ambiente. Para isso é necessário aprimorar as fábricas, investindo em tecnologia para otimizar o processo industrial e garantir a sustentabilidade ambiental. 

As empresas de plásticos têm muitos desafios pela frente para ajudar a garantir um meio ambiente seguro para todos. Por isso, é necessário ficar atento às tendências ambientais e às exigências dos consumidores. 

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