Logística 4.0: como as empresas estão se adequando a este modelo de gestão - Merchan Plásticos
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Logística 4.0: como as empresas estão se adequando a este modelo de gestão

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O meio corporativo tem implementado essa técnica para aprimorar o funcionamento de diversos setores

Assim como na esmagadora maioria das transformações contemporâneas, a Logística 4.0 visa potencializar a eficiência de empresas através das tecnologias mais recentes à disposição. Para isso, diversas ferramentas são utilizadas, entre elas:

  • Analytics;
  • Big Data;
  • Impressoras 3D;
  • Inteligência artificial;
  • Nanotecnologia;
  • Realidade aumentada.

Todos esses pontos são fundamentados através da internet, coluna dorsal desse modelo de gestão. A seguir, entenda as principais características dessa mudança e como parte do mercado se adapta a ela.

O que é a Logística 4.0?

Antes de entender esse termo, é preciso compreender suas raízes.  No caso, a Logística 4.0 é derivada de outro movimento histórico, a Indústria 4.0, ou Quarta Revolução Industrial. Essa ocasião se estabelece como a última das grandes mudanças coletivas nas fábricas, estruturada através da internet e da modernização de maquinários.

Por ser um fenômeno recente, não há um consenso acadêmico quanto a sua origem. Porém, dados de 2016 do World Economic Forum apontam que sete nações são pioneiras nessa área: Cingapura, Estados Unidos, Finlândia, Holanda, Israel, Noruega e Suécia.

Apesar de ter ocupado a 72ª posição nessa lista, o Brasil está tentando se encaixar entre as potências que se destacam nesse sentido. Tanto é que existe um portal em domínios estatais, vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MICS), que disseca a Indústria 4.0 e propõe uma agenda nacional focada nos “desafios do futuro”.

O site aponta que: “Segundo levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a estimativa anual de redução de custos industriais no Brasil, a partir da migração da indústria para o conceito 4.0, será de, no mínimo, 73 bilhões ao ano”.

Os cálculos ainda presumem que essa diminuição de custos será construída por:

  • 34 bilhões ao ano de ganhos de eficiência;
  • 31 bilhões ao ano de redução de custos de manutenção de máquinas;
  • 7 bilhões ao ano de economia de energia.

Dessa forma, a Logística 4.0 se restringe ao aperfeiçoamento do desempenho industrial e empresarial, trabalhados a partir da conectividade, visando um funcionamento mais fluido desse sistema.

Como iniciar essa transformação?

A Logística 4.0 é encontrada, na prática, em diversas esferas econômicas. Não existe um roteiro a ser seguido, mas empresas privadas podem dar o primeiro passo rumo à essa mudança através de investimentos em vários setores. A começar internamente, aprimorando sistemas de comunicação para reduzir o desgaste e a imprevisibilidade de programas ultrapassados.

Em seguida, refinar a mão de obra é essencial. Trabalhar o conhecimento de funcionários ou obter colaboradores mais preparados é tão necessário quanto o primeiro ponto. Apesar disso, não há preocupação quanto a possíveis gastos excessivos, visto que, a longo prazo, esses dois caminhos tendem a dar retorno.

Por fim, é preciso entender que esse sistema sempre deve se adaptar à realidade de cada companhia. Dessa forma, as ações tomadas por determinados segmentos serão, frequentemente, diferentes de outras, mas sempre seguirão os mesmos princípios.

Quais os benefícios?

Apesar da variação quanto a implementação da Indústria 4.0, as vantagens são basicamente as mesmas, se adaptando à intensidade com que cada investimento foi feito. Entre os pontos que mais se fortalecem, estão:

  • A comunicação, que passa a ser mais dinâmica e diminui os ruídos entre as diversas camadas de uma corporação;
  • Os prazos, que podem ser encurtados uma vez que os caminhos para a realização de qualquer tarefa foram pavimentados;
  • A otimização de espaços, já que os novos equipamentos tendem a ser cada vez mais compactos.

Além disso, existem pontos positivos para todo o sistema econômico envolvido. A implementação desse modelo produz a necessidade de tecnologias de ponta, gerando a necessidade de pesquisas e promovendo esse segmento em diversos institutos. 

Para que isso seja realizado, profissionais qualificados devem estar envolvidos nas linhas de produção, incentivando meios acadêmicos. Por fim, uma vez que a montagem esteja em andamento, é preciso que hajam funcionários capazes de manusear essas novidades, promovendo, mais uma vez, o desenvolvimento de diversas dessas categorias.

Para o empreendedor, outros pontos devem ganhar destaque. A otimização de espaços físicos é uma das evoluções mais consideráveis, uma vez que isso reflete, diretamente, nos ganhos por armazenagem de produtos. Não só isso, como a qualidade da estocagem pode aumentar com a melhora de sistemas de refrigeração, carregamento e manipulação.

O transporte também evolui à medida que novos métodos aprimoram a logística em caminhões, aviões e outros meios. O resultado desses passos são menores prazos de entrega, melhor aproveitamento de frotas, entre outros. A soma desses fatores ajuda a conduzir um crescimento desse setor, que já recebe mais atenção que em outros momentos.

Um forte exemplo ocorreu em 2018, quando o Mercado Livre estipulou uma meta para quadriplicar sua capacidade de distribuição no Brasil. A empresa investiu em um centro em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, com 111 mil metros quadrados.

No mesmo período, a companhia expandiu outro centro de distribuição, em Louveira. O espaço, também localizado no estado de São Paulo, passou de 17 para 51 mil metros quadrados. Era previsto que os dois espaços empregassem, ao topo, mais três mil pessoas.

Qual a relevância dos dados?

Ações tomadas com base em dados produzidos por companhias ou compartilhados entre clientes tem ainda mais chance de se concretizarem em algo positivo. Por isso, é importante basear grandes tomadas de decisão em informações sólidas, evitando desperdício de tempo, materiais e dinheiro.

Corporações que ignoram esses tipos de números e se baseiam em intuição ou pesquisas mais voláteis tendem a sofrer cada vez mais, à medida que a Logística 4.0 ganha espaço. Dessa forma, estudar esse fenômeno e saber onde investir deve ser uma das principais tendências financeiras para os próximos anos.

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