Não é de hoje que cenas de animais marinhos machucados por plásticos tomam conta da mídia. Porém, a conscientização ainda parece ser pequena diante da proporção da poluição plástica.
Iniciativas ao redor do mundo visam barrar a chegada de plásticos ao oceano. Isso vem sendo feito por empresas sérias que querem mudar o futuro do planeta. Mas não basta apenas uma parte da população mundial se mobilizar se a Terra é a casa de todos nós.
A ONU aprovou um acordo que obriga os países a acabar com a poluição plástica até 2024. Isso se deve a quantidade absurda de plástico que está poluindo o mundo, inclusive nos mares.
Confira outras iniciativas que estão sendo tomadas por todo o mundo que melhoram não só o dia a dia da vida marinha e, sim, de todos.
Segundo relatório da ONU, 85% dos dejetos que vão parar nos mares em todo o planeta são compostos por plásticos. Isso é um número muito expressivo, assim, tornando o plástico como principal vilão da vida marinha.
Mas ele não chega aos mares sozinho, para isso, é necessário a produção, consumo e descarte dos plásticos nos oceanos. Diante dessa situação, a Organização das Nações Unidas (ONU), aprovou um acordo com o primeiro tratado global de poluição por plástico.
Ele se trata de um acordo histórico, eleito como um dos mais importantes desde o acordo climático de Paris de 2015. Impondo aos países que acabem com a poluição por plástico no mundo até o ano de 2024.
Pesquisas mostram que o planeta todo está tomado por este tipo de poluição. Estima-se que 11 milhões de toneladas de lixo plástico estão espalhadas por toda a vida marinha. Portanto, se nada for feito para reverter essa situação, pode-se chegar até 30 milhões de toneladas de lixo nos mares até 2040.
Porém, não basta os acordos serem feitos entre os países se as pessoas não se conscientizarem com relação a isso. Já que, a poluição marinha se dá a diversos fatores como:
De acordo com estimativas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), apontam que houve prejuízos entre 6 a 19 bilhões de dólares nos setores de turismo, pesca, agricultura e outras atividades relacionadas no ano de 2018.
Os valores em dinheiro já são altos, porém, eles podem ser recuperados, já outros danos serão irreversíveis ao longo dos anos. Por isso vale a pena repensar nossos hábitos.
Os prejuízos são gigantes, os animais marinhos se sufocam com o lixo flutuante, dessa forma, muitos consomem os resíduos. Com isso, eles sofrem com uma saciedade falsa que faz com que eles tenham desnutrição.
Os animais vão tendo dificuldade em sobreviver e se reproduzir, podendo entrar em extinção. Além disso, existem as contaminações que podemos sofrer ao comer algum animal marinho contaminado com resíduo plástico.
As iniciativas vão além da reciclagem dos materiais, elas visam a diminuição do uso de plásticos. A União Europeia quer implementar uma lei que taxa as empresas que não usam materiais recicláveis em sua linha de produção, essa é uma das iniciativas que deveriam ser exemplo entre os países.
Já a Plataforma Algramo, uma empresa chilena que pensa na preservação do meio ambiente, usa a tecnologia a seu favor. Ela disponibiliza diversas estações em grandes cidades como Santiago para que os consumidores possam recarregar seus potes de plástico. Eles variam bastante, vão desde ração animal até produtos de limpeza.
A luta para preservar a vida marinha e o meio ambiente está ao redor do mundo. A Plastic Bank, empresa social canadense, une esforços para diminuir a quantidade de plásticos nos oceanos. Ela faz parceria com mais de 200 empresas globais.
Ela está desde 2013 dando um alívio para os animais que vivem no mar. A empresa coletou mais de 40 milhões de quilos de resíduos plásticos antes que fossem jogados nos oceanos.
Tudo isso equivale a 2 bilhões de garrafas PET, materiais estes que foram enviados para a reciclagem. A operação realizada no Brasil representou 97 milhões de garrafas.
No Brasil, existem empresas sérias que também pensam nas gerações futuras e criam ações para diminuir a poluição plástica.
A Ecofaxina, ONG criada em Santos, reuniu mais de 3 mil pessoas para estas ações. Quase 63 mil quilos de resíduos foram retirados de praias e mangues. Totalizando 67% de origem plástica.
Várias empresas lutam todos os dias para que todo esse lixo tenha um caminho melhor do que os mares. Mas só isso não basta, é necessário que os hábitos de consumo sejam repensados pelas pessoas e empresas.
Cobrar grandes empresas para que usem materiais recicláveis é essencial para que esse ciclo seja quebrado. Além disso, a educação do consumo consciente e a preservação dos mares deve começar desde cedo.
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