A pandemia do novo coronavírus afetou o mundo inteiro, incluindo diversos mercados que sofreram variações em seu funcionamento e lucro, por exemplo. Um setor que ganhou novas tendências também foi o setor de compras, responsável por manter o negócio funcionando até mesmo em tempos de crise.
É fato que os diferentes desafios do mercado exigem que novas abordagens sejam pensadas, de modo que seja possível acompanhar as mudanças que ocorrem. Com isso, as tendências nesse setor passaram a ter novos mecanismos e objetivo na busca de adaptação ao cenário imposto.
Mas você sabia que para garantir que tudo continue gerando valor e para evitar prejuízos, uma boa gestão de crise é essencial? Entenda mais sobre isso e conheça as tendências do setor de compras.
Com a crise na saúde pública, diversos setores entraram em alerta, uma vez que a previsão era de mudanças significativas nos hábitos de consumo, afinal impactos econômicos implicam na cadeia de instabilidade do meio corporativo.
O observatório PUC-Campinas, por exemplo, indicou que sua região sofreu déficit comercial de 4,14 bilhões de dólares no 1º semestre de 2020. Outro fato foi com relação às exportações de mercadorias mais complexas, que sofreram quedas expressivas.
Diante desse cenário, o setor de compras acaba por ser impactado com o aumento das interrupções de suprimentos e com relação às quedas do mercado de fornecimento, inclusive com relação ao abastecimento de matérias-primas e maquinários.
Apesar disso, as compras online cresceram. Segundo índice MCC-ENET, referência em métricas e indicadores do consumo online no Brasil, em março deste ano, esse setor cresceu 42,31%, evidenciando uma tendência em alta no mercado.
Além disso, a pandemia influenciou nos hábitos de consumo em geral, visto que, em crise, há certa cautela ao consumir. Por isso, vale a pena conhecer e considerar as tendências do setor de compras.
Uma tendência pode ser entendida como aquilo que origina uma propensão de certo direcionamento ou modo de atuação, por exemplo. No mercado, as tendências são hábitos em potencial de crescimento. Uma vez exploradas, podem significar um novo caminho para a empresa.
Nesse sentido, uma pesquisa da Nielsen apontou uma tendência de crescimento no consumo de alimentos e de produtos de higiene, o que já era de se esperar. Inclusive, em meio às mudanças indicadas pelo estudo, estão também:
Além desses fatores, alguns recursos passaram a ganhar a atenção do setor de compras. A seguir, veja que práticas estão em alta.
Com a pandemia, a tendência da Gestão de crise ganhou foco. Uma boa gestão precisa estar a par de novos hábitos e mudanças para análises e tomadas de decisão, por exemplo.
Por esse motivo, é importante entender quais são as implicações dessa medida, afinal, a gestão de crise possibilita:
Uma pesquisa realizada pelo Grupo Daryus mostrou que 43% das empresas não têm um Plano de Gestão de Crise (PGC) para o enfrentamento das causas do cenário pandêmico atual.
Esses dados evidenciam que o meio empresarial brasileiro ainda não se encarregou de prever possíveis crises, como a crise sanitária que impacta diretamente a economia do país, o que também prejudica os planos de continuidade de empresas.
A gestão de crise age diretamente na previsão de riscos do setor de compras, evitando possíveis prejuízos financeiros, por isso é muito importante realiza-la. Para isso, considere:
Outra tendência que se reforça é o avanço tecnológico, pois a procura por e-commerce já evidencia a tecnologia como uma solução para as compras, por exemplo. De acordo com a pesquisa da Nielsen, isso será a maior mudança para varejistas e fabricantes.
Nesse sentido, a busca por soluções digitais tem atingido o setor de compras também, uma vez que é preciso manter a gestão e acompanhamento dos processos e logística.
Investimentos em Machine Learning, por exemplo, tem sido uma opção de manter a produtividade, traçar perfis, gerenciar fornecedores, analisar dados e manter o eficiente funcionamento nesse setor.
Outra questão que tende a ganhar ainda mais foco é a relação adotada com fornecedores, visto que seus serviços são cruciais para as negociações do setor de compras. Trata-se de uma combinação de atuação mais próxima, o que torna tudo mais produtivo para ambos os lados.
Essa relação funciona como uma sociedade em que os fornecedores passam a ser parceiros da companhia ao invés de apenas vendedores. Com isso, as transações ocorrem com maior confiabilidade, qualidade e segurança nos prazos e serviços prestados.
Durante a pandemia, esse tipo de parceria tem sido tendência, afinal é preciso buscar novas formas de manter o funcionamento da melhor maneira possível. Para considerar a possibilidade desse tipo de relacionamento:
Outra forte tendência que tem crescido cada vez mais e se intensificou com a pandemia foi o cuidado com a sustentabilidade no setor empresarial. Por isso, consumidores em geral têm prezado por marcas que se mostram engajadas com práticas éticas e sustentáveis.
Em estudo exclusivo divulgado pelo InfoMoney, Patrícia Cotti, diretora executiva do Ibevar, explicou que a tendência pós-pandemia é justamente consumidores levarem mais em consideração os produtos que compram e serviços que adquirem.
Nesse sentido, ela também fala da sustentabilidade na maneira de consumir e viver, o que demonstra um foco maior no consumo consciente e em companhias que passem essa mensagem. A abordagem é voltada para a preservação do meio ambiente no geral.
Por fim, esperamos ter ajudado você a compreender as tendências do setor de compras diante do cenário de Covid-19 e que, dessa forma, suas decisões e planejamentos sejam mais assertivos.
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