Entenda o conceito e as diversas maneiras de se aprimorar esse ponto considerado um dos pilares para o sucesso
A definição literal de inteligência emocional é muito discutida dentro do ambiente acadêmico. Contudo, assim como em qualquer vertente, algumas teorias são mais aceitas pela comunidade. No geral, esse ponto é entendido como o resultado da combinação de traços de personalidade e de outras características sociais do ser humano.
Entre os atributos mais difundidos, estão:
Cada um desses aspectos pode ser melhorado a partir de técnicas simples. Quer conhecer algumas delas?
O jornalista e psicólogo Daniel Goleman é considerado pioneiro nos estudos sobre inteligência emocional. Em 1995, o estadunidense lançou o livro “Emotional Intelligence” após quase 50 anos de pesquisas sobre o tema. A obra literária se tornou um best-seller e atingiu mais de cinco milhões de unidades vendidas, além de ser traduzida para mais de 40 idiomas.
No registro, o autor disserta sobre a gestão de sentimentos e como isso deve ser feito de modo produtivo, tanto em meios pessoais quanto em meios profissionais. Tanto é que, em publicações mais recentes, ele aponta três divisões para categorizar os focos dos indivíduos:
Esse conceito se tornou tão popular que alguns modelos educacionais passaram a se basear nele. No Brasil, o Laboratório de Aprendizagem Integrada (LIV) introduz nas escolas um programa sustentado na ideia de uma “(…) educação socioemocional que ajuda estudantes a conhecerem seus sentimentos e desenvolverem habilidades para a vida”.
Como citado em outro artigo, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o Brasil é o país com maior número de pessoas com transtorno de ansiedade no mundo, com quase 9,3% da população doente. Além disso, 5,8% estão diagnosticadas com depressão, o “mal do século”, segundo a entidade.
Não existe uma vacina ou remédio totalmente eficaz contra essas doenças, mas existem diversos tratamentos que diminuem os sintomas. Exercitar a inteligência emocional, em alguns pontos, pode ser vantajoso para diminuir a carga de algumas atividades diárias e, consequentemente, aliviar essas zonas de tensão.
Além disso, essas mudanças podem aprimorar seu desempenho em afazeres cotidianos, principalmente os que são compostos por contatos interpessoais. No meio empresarial, cargos de liderança precisam dominar essas técnicas para que nenhum planejamento saia do controle, evitando conflitos entre as diversas camadas de liderança.
Também é possível melhorar suas performances fora de casos extremos como os de ansiedade e depressão. Na verdade, uma vez que esses problemas são controlados, essa tarefa se torna mais acessível. De qualquer forma, uma melhor organização do tempo pode ser a chave para essa evolução.
O modelo de Daniel Goleman identifica 12 aspectos como os principais a serem desenvolvidos. São eles:
Muitos desses pontos também são base para estruturar o que pode ser definido como soft skills, competências subjetivas que também auxiliam dentro e fora de ambientes empresariais. Dessa forma, é compreensível que atividades que fortalecem uma dessas vertentes também fortalece a outra.
No entanto, é preciso trabalhar com uma espécie de “conversão de valores”, medida necessária para evitar a mistura de habilidades úteis dentro e fora dos meios profissionais. Nesse sentido, mais uma vez, cada pessoa deve trabalhar conforme suas aspirações.
Apesar da multifuncionalidade ser produtiva, algumas qualidades mais individualistas não necessitam ser dominadas por certos grupos. Nesse molde também se encaixam a influência, a mentoria e a liderança inspiradora. Porém, alguns aspectos são obrigatórios para qualquer pessoa em qualquer ambiente, visto que são condições essenciais para um convívio harmônico em sociedade.
A perspectiva positiva, o autocontrole e o autoconhecimento emocional são ótimos exemplos, que podem ser exercitados apenas com mudanças de hábitos simples. A simpatia e a generosidade podem soar como clichês, mas são os primeiros passos para aumentar a qualidade das relações com colegas, amigos e funcionários. Demonstrar empatia e compreensão enquanto se olha para seres, e não cargos, lapidam suas soft skills enquanto geram um clima agradável em qualquer meio.
A adaptabilidade merece um espaço exclusivo nesse texto uma vez que, por mais que a soft skills sejam importantes, o mercado ainda funciona conforme as leis de seleção natural. Apesar disso, não se trata de narrativa de programas de televisão, que tratam o mundo empresarial como um tanque de tubarões.
Por mais que exista a competitividade, nesse caso, a adaptabilidade diz mais sobre administração de conflitos e trabalho em equipe. Por isso, como uma liderança inspiradora, é preciso ouvir, interpretar e estudar soluções e novos projetos baseados nas limitações e nas pretensões de cada companhia. Assim, todo e qualquer obstáculo pode ser superado conforme sua realidade.
Uma pesquisa realizada pela universidade de Harvard mostrou que possuir o domínio para identificar e gerenciar emoções – suas e dos outros – aumenta as chances de sucesso profissional. Além disso, a apuração indicou que os reflexos positivos de exercitar a inteligência emocional não se restringem aos escritórios. O bem-estar, como vimos antes, se eleva conforme esses pontos se fortalecem, gerando resultados ainda mais positivos à longo prazo.
A iniciativa Estudar na Prática, criada pela Fundação Estudar, elencou cinco práticas que podem ser usadas para desenvolver sua inteligência emocional. Apesar de focar no mercado de jovens, as ações podem contribuir com a evolução de pessoas de diversas idades.
No artigo publicado online, são apresentadas as necessidades de:
Quase nenhuma mudança pessoal é feita apertando um botão, são processos longos e trabalhosos. Por isso, seguir as dicas dessa matéria, sem pressa, focando na sua realidade pode te ajudar a melhorar seus atributos.
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