Em meio à pandemia do coronavírus, as pessoas a fim de se protegerem estão optando por compras online. Segundo levantamento realizado, para o mesmo mês de março se comparado ao ano passado, o número de vendas online teve um crescimento de cerca 180%.
Segundo o presidente a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), Rodrigo Bandeira, a vontade do momento é poder receber em casa as compras realizadas. E os produtos procurados não se resumem a álcool em gel, percebe-se um aumento considerável nos produtos de:
Algumas startups que já atuavam no ramo de supermercado digital antes da quarentena, viram seus negócios crescerem em média 125%. Os sócios afirmam que antes desse período a estimativa de crescimento era de apenas 20%.
Em meio a isso, para assegurar a saúde da equipe de trabalho, alguns funcionários têm trabalhado em regime home office. E em relação aos funcionários que atuam dentro dos mercados, tem-se adotado medida de higiene e distanciamento necessários.
Já quanto às entregas, os motoristas também têm adotado medidas de higiene e prevenção, tais como o uso máscaras e higienização com álcool gel. Além desse cuidado, há também atenção com os produtos que sempre vão higienizados.
Outra questão curiosa é que, assim como as vendas online, a quarentena também provocou uma procura desenfreada por produtos, seja de hipermercados ou até mesmo de mercados menores.
Em virtude das recomendações do governo no que concerne às medidas de segurança, tais como evitar aglomerações e grandes deslocamentos, outro setor que teve um grande crescimento foi desses mercadinhos de bairro. Isso se dá, sobretudo, pelo comportamento mais cuidadoso dos clientes.
O próprio buscador Google registrou neste período um aumento de 200% nas buscas relacionadas com os “mercadinhos próximos da minha residência”. É perceptível a preferência das pessoas pelas compras em locais mais próximos das suas residências e de fácil acesso.
Segundo dados do Kantar Thermometer, pesquisa relacionada aos impactos do Coronavírus no Brasil e no mundo, 75% dos brasileiros têm optado por realizar compras em mercados perto de casa, isso é justificado pelo fato de que as pessoas preferem evitar maiores aglomerações comuns aos supermercados maiores.
Com isso, os mercadinhos de bairros estão se tornando os preferidos pelos brasileiros e, em meio a esta pandemia, é provável que esse ramo se firme de vez. Afinal, frequentar mercadinhos de bairro não compete somente à comodidade, mas também a questões relacionadas com saúde pública.
Nessa seara, é o que indica uma pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel, que mostrou que os mercadinhos de bairros já correspondem a 40% das vendas relacionadas com alimentação, higiene e beleza. E na prática isso é perceptível até pelo simples fato de que grandes redes têm se adequado a esse novo formato em expansão.
Por isso, chega-se à conclusão de que dado o caos da saúde pública é muito mais salutar comprar perto de casa e, assim, evitar grande deslocamento e aglomeração. E não somente isso, há uma tendência solidária neste momento por parte das pessoas no sentido de dar preferência a mercados menores e, assim, evitar seu fechamento.
Antes da Pandemia, especialistas já afirmavam que a tendência consumista seria cada vez mais local. Com o COVID-19, esse processo acabou se acelerando, tornando-se mais regionalizada as cadeias produtivas.
Entram nessa equação os mercados menores, que tendem crescer bastante durante este período. Isso refletiu em todos os setores comerciais e quem almeja enfrentar esta crise de saúde tem que se preparar para o novo tipo mercado de consumo.
Por isso, pequenos comerciantes devem se atentar a algumas medidas a fim de ver seus negócios prosperarem cada vez mais. A primeira medida se relaciona com a limpeza, visto que diante dessa crise sanitária os consumidores optam por frequentar locais mais limpos.
Algumas medidas de higiene são:
Por outro lado, outra medida importante é no que se refere à gestão do estoque. É importante observar a quantidade de produtos armazenados para não faltar aos consumidores. Às vezes, por ter estruturas menores, os pequenos armazéns acabam esquecendo-se de controlar os níveis de estoque.
Mesmo que a pandemia de alguma forma tenha influenciado no abastecimento de algumas mercadorias, os pequenos empreendedores podem adotar medidas como controle de estoque para garantir que existam produtos para todos os consumidores.
Outra atitude boa de ser tomada é ver quais produtos são mais procurados e têm risco de esgotar. Daí se faz importante criar uma relação de confiança com os fornecedores e, por conseguinte, evitar o desabastecimento.
Outra medida importante a ser adotada é investir em variedade de produtos: costumeiramente, mercadinhos de bairro costumam trabalhar com itens de necessidade mais básica, isso, sem dúvida, não pode faltar.
Mas talvez seja a hora de diversificar o rol de produtos comercializados. Algumas opções de ampliação são:
Por fim, uma tendência que vem ganhando espaço neste cenário, são as parcerias entre mercadinhos e condomínios. Com o objetivo de garantir a comodidade aos moradores, mercadinhos têm feito parceria com condomínios que disponibilizam um pequeno espaço para que as pessoas comprem produtos e paguem por conta própria por meio de cartão ou aplicativos de internet.
Essa nova modalidade não necessita de vendedores, os condôminos buscam os produtos que precisam e realizam auto pagamento. Isso é uma forma de incentivar o isolamento social e ao mesmo tempo não perder espaço no mercado consumidor.
Desse modo, ainda que a situação seja de crise sanitária, é possível manter os negócios e se expandir. No entanto, para isso, os pequenos comerciantes não podem ter medo de inovar ou buscar novas alternativas para fortalecer seu comércio.
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