Os cuidados para não ser infectado pela covid-19 são muitos e incluem isolamento social, álcool em gel, máscara, distanciamento. Com tudo isso, surge uma dúvida: Como descartar vasilhames de álcool gel e máscaras?
O descarte deve ser seguro tanto para a saúde de outras pessoas quanto para a sustentabilidade do meio ambiente. A falta de informações sobre a maneira correta de rejeitar os materiais traz muitos problemas para o ecossistema do planeta.
Desde que a pandemia começou e o uso de máscaras tornou-se obrigatório no país, não é difícil encontrar máscaras descartáveis ou mesmo de tecidos jogadas pelas ruas e até mesmo nas praias, rios e matas. Mesmo com a crise sanitária e com as mudanças repentinas no nosso estilo de vida, não podemos ignorar a necessidade de priorizar atitudes que causem menos impactos no meio ambiente e na vida humana.
Aliás, é bom lembrarmos que o aparecimento de muitas doenças, como o coronavírus, tem a ver com a interferência humana nas florestas. O desmatamento, o tráfico de animais e a poluição trazem danos irreversíveis não só ao planeta, mas à saúde do homem.
No início da pandemia, o desespero tomou conta dos brasileiros que buscavam se proteger da doença. Era comum não encontrar álcool em gel nem máscara nas farmácias; e quando se achava, eram vendidos por preços exorbitantes.
Foi tanta procura que a produção de álcool apresentou um aumento de 1.700%. As fábricas não davam conta da demanda. Somente em março do ano passado, a indústria produziu 2,16 milhões de frascos para álcool. Segundo a Companhia Nacional de Álcool (CNA), a demanda atual é o dobro da capacidade de produção.
O crescimento deve-se ao fato de que o álcool gel ter se tornado o item de higiene mais desejado dos brasileiros. O grande problema é que toda essa procura ocasiona sérios impactos na natureza, já que os frascos descartados de forma incorreta geram danos à água e podem colocar em risco a vida de muitos animais.
Assim como as garrafas de refrigerantes e outros produtos plásticos, os frascos e potes são produzidos com tereftalato de polietileno (PET) e, por isso, podem ser reciclados. A maior parte dos materiais fabricados com PET são recicláveis pela indústria. Ao serem reciclados, podem ser utilizados na produção de outros produtos, garantindo um meio ambiente mais saudável. O ideal é que o descarte seja feito para a coleta seletiva, em lixeiras apropriadas para plásticos.
É importante que o consumidor fique atento ao dia da coleta do lixo para não descartar o recipiente em locais inapropriados. Outra possibilidade é fazer o descarte em pontos de reciclagem, que podem ser encontrados em supermercados ou parques. Para quem tem empresas e quer incentivar o descarte correto, é importante adquirir lixeiras apropriadas para essa finalidade.
Esses materiais vão parar em cooperativas que separam e vendem os plásticos para uma indústria especializada na reciclagem desse tipo de produto.
A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) afirma que a reciclagem de plástico está entre os maiores setores que fazem parte da indústria de transformação. Assim, contribui significativamente para os diversos benefícios socioambientais e humanitários.
Uma forma de reduzir o número de embalagens de álcool em gel é optar por comprar recipientes grandes em vez dos menores. Assim, você ajuda a reduzir os resíduos plásticos na natureza.
De acordo com os dados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), reciclar materiais como plástico traz muitos benefícios. Os resultados são:
As máscaras descartáveis também passaram a ser muito utilizadas pelos brasileiros que querem evitar a contaminação pelo coronavírus. Desde junho de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a utilização das máscaras em estabelecimentos públicos. E quem procura a proteção pode encontrá-las de todo tipo, como as que são fabricadas de tecido sintético (TNT).
Assim como os frascos de álcool em gel, o descarte incorreto das máscaras pode representar um risco enorme à natureza. Isso porque o TNT leva cerca de 400 a 450 anos para se decompor, o que tem causado muita preocupação por ser uma nova forma de contaminação ambiental.
Segundo a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), a maneira correta para descartar máscaras e luvas é colocá-las dentro de dois saquinhos plásticos (um dentro do outro). Para ficar mais seguro, é necessário amarrar bem forte e jogar no lixo do banheiro. Esses materiais não devem ser jogados no lixo reciclável.
Caso os materiais tenham sido utilizados por uma pessoa contaminada, é necessário sinalizar dizeres RISCO DE CONTAMINAÇÃO. Assim, outras pessoas poderão ficar atentas ao manusear o material.
Mesmo com várias orientações sobre a maneira correta de descartar as máscaras, muita gente insiste em jogá-las em qualquer lugar. Além de ser mais um problema ambiental, esses materiais favorecem o aumento do contágio da doença, pois estão expostos em via pública. Isso representa um desrespeito ao meio ambiente e à saúde pública.
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