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2021: O que o mundo reserva para os departamentos de compras?

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As tendências para o setor que acompanha de perto a nova Revolução Industrial

Assim como diversos outros setores do mercado, o departamento de compras deve se reinventar para superar as adversidades causadas pela pandemia. Além de continuar investindo em várias tecnologias, as empresas precisam aprimorar as habilidades dos funcionários que utilizam cada ferramenta. Além disso, para fortalecer essas mudanças, os gestores dessa indústria vão precisar entender e dominar suas transformações.

Para lapidar todas essas camadas, a compreensão de três características deve se fazer presente:

  • Mundo digital;
  • Mundo físico;
  • Mundo virtual.

Nenhum dos termos acima resume as tendências da categoria, mas todos colaboram com a construção do que alguns acadêmicos definem como Quarta Revolução Industrial.

A Indústria 4.0

Henrik von Scheel é um escritor que se aliou ao governo alemão para criar a Agenda Digital do país. O plano consistia em aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) local com base em estratégias de fortalecimento em todos os setores de fabricação. Dessa forma, junto a universidades e indústrias, diversos projetos promissores receberam incentivos que ajudaram a economia a obter os resultados positivos do programa.

Em dois anos, a Alemanha elevou seu PIB de 3,398 trilhões (2009) de dólares para 3,744 trilhões (2011), segundo dados do Banco Mundial. Além disso, o capítulo foi definido pelo autor como a primeira onda da Indústria 4.0, o passo inicial da maior mudança estrutural do mundo em 250 anos.

Imagem de gráfico do Banco Mundial sobre o PIB da Alemanha.

A segunda onda tem uma essência diferente, mas complementar em relação à primeira. Enquanto, naquele momento, houve uma fusão entre os mundos digital, físico e virtual, desde de 2016 se trabalha com a ideia de aperfeiçoamento. Logo, a fase contemporânea busca melhorar os conceitos daquela época enquanto cria avanços em várias áreas, tais como a comunicação 6G, a inteligência artificial, entre outras.

O departamento de compras na Indústria 4.0

Conforme uma pesquisa realizada pela empresa The Hackett Group, 90% das pessoas que trabalham no departamento de compras acreditam que a Indústria 4.0 vai mudar muito as atividades desse setor. Além disso, o mesmo relatório indica que as corporações que não adotarem os modelos que se destacam nesse período ficarão cada vez mais obsoletas. Dessa forma, impulsionado pela pandemia, o mercado caminha para uma adesão cada vez maior de transformadores digitais.

Reforçando essa visão, Henrik von Scheel aponta que existem seis maneiras de modelar as operações da fabricação de produtos: 

  • Custo;
  • Desempenho;
  • Modelo operacional;
  • Receita;
  • Serviço;
  • Valor.

Todos esses pontos podem ser aprimorados a partir da aplicação correta de ferramentas tecnológicas. Entretanto, isso não significa que o serviço humano será descartado, muito pelo contrário.

A necessidade humana

As pessoas são tão, ou até mais, fundamentais para a continuidade dessa revolução industrial quanto para qualquer outra. A produção de bens e serviços para essa era se ajusta conforme as necessidades de cada negócio. Entretanto, como em qualquer outro momento, é preciso saber e entender onde investir esforços. Nesse sentido, fica explícito como a função dos gestores fica cada vez mais complexa.

De acordo com a Michael Page, empresa especializada no recrutamento de gerentes de médio e alto escalão, a função foi uma das mais procuradas na rede em 2019. Dessa forma, os profissionais tendem a se adequar às novas exigências, que se voltam cada vez mais às tecnologias mais recentes. Entre os aspectos mais essenciais, vale destacar a necessidade de automatizar processos através de novas técnicas, fundamental para refinar os seis pontos citados anteriormente.

Essa adaptação estrutural abre caminhos para um crescimento mutuo, tanto de organizações quanto de pessoas. Segundo as apurações feitas pela The Hackett Group, 4 em cada 5 executivos desse setor concordam que o controle da capacidade analítica e de relatórios funcionais são primordiais para as atividades do cargo.

O mesmo estudo ainda projeta que a influência das análises avançadas nesse segmento vai triplicar em 2021, variando de 20% para 60%. Além disso, em outras observações, o grupo também identificou que companhias que organizam suas ações baseadas nessas óticas tem cinco vezes mais chances de tomar decisões mais dinâmicas e eficientes.

Esse mecanismo também interfere positivamente no desempenho financeiro de corporações que o adotam. A mesma pesquisa aponta que a adesão desse procedimento dobra as chances de melhorar essa condição. Desse modo, a tendência é que gestores tenham, cada vez mais, o domínio dessas competências.

As características do consumo moderno

Existem cinco pilares que podem definir as tendências para o consumo em 2021, todos baseados em aprimorar o serviço oferecido aos clientes. Mais do que isso, nenhum deles deixa de fazer parte do que os profissionais da área devem focar em aprender para evoluir junto ao mercado nos próximos anos.

Data Science

Uma das inúmeras vantagens da democratização da internet é o aumento do volume de informações disponíveis sobre vários tipos de pessoas. A utilização eficaz de dados fornecidos por ferramentas de monitoramento, como o Google Analytics, pode impulsionar diversos setores do departamento de compras.

Apesar disso, os resultados positivos desse movimento não são reflexo de uma análise superficial de clientes. Tão importante quanto ter responsáveis qualificados nessa área, é necessário saber utilizar esses elementos. Consequentemente, reações convenientes de desempenho financeiro vão passar a ser mais frequentes.

Engajamento

Servindo como complemento da vertente de Ciência de Dados, as interações geradas nas mídias sociais são um dos critérios em maior ascensão na modernidade. E não se espera outro caminho. Conforme apurou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua em 2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 79,1% dos lares no país tem acesso à internet.

No estudo Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), do mesmo órgão, 2017 teve 95,5% dos usuários virtuais acessando aplicativos para a troca de áudio, texto e vídeo. Nesse sentido, o potencial de crescimento para empresas que utilizam essas vias se expande consideravelmente.

Hiperpersonalização

Através do conhecimento aprofundado de potenciais clientes é possível estabelecer os produtos que mais se encaixam em determinados perfis. Por isso, a personalização das experiências de compra tem se tornado tendência no mundo. Para isso, os algoritmos se apoiam na Data Science e no Engajamento para oferecer produtos e serviços adequados a cada tipo de consumidor.

Omnichannel

É muito importante manter um padrão de qualidade que contemple todas as camadas em que a companhia se faz presente. Para isso, se adota a abordagem Omnichannel, que busca padronizar os atendimentos nas esferas digitais, físicas e virtuais para manter uma relação saudável com os compradores.

Segurança

Usar os dados de clientes com consciência é uma maneira indireta de respeito. Por mais que, muitas vezes, concordar com termos em contrato pareça algo irrelevante, conservar a privacidade e a segurança dos usuários é tão necessário quanto fornecer um bom produto.

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