Sigla tem se tornado cada vez mais fundamental no meio corporativo
ESG é uma prática, muito utilizada no meio corporativo, que visa amenizar os impactos de uma atividade empresarial em diversas esferas globais. Originalmente estruturada em língua inglesa, a sigla significa:
Quer saber mais sobre ESG e entender como aplicar essa estratégia? Continue no nosso artigo.
ESG ou, assim como explicamos anteriormente, environmental, social and governance (ou environmental, social and corporate governance, em algumas versões) é uma prática empresarial que visa diminuir os impactos corporativos nas camadas ambientais, sociais e governamentais do mundo.
O termo foi utilizado pela primeira vez no relatório Who cares wins, ou Ganha quem se importa, publicado através de uma iniciativa do secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, em 2005. Na época, diversas instituições se reuniram visando desenvolver orientações sobre a aplicação de estratégias voltadas aos temas indicados por cada uma dessas letras. Além disso, e consequentemente, os envolvidos buscavam direcionar um planejamento amplo para a gestão de ativos, serviços de corretagem de títulos e pesquisas desse segmento.
Para isso, as companhias buscaram (e continuam buscando) trabalhar aliadas a cada um dos pontos que compõem essa sigla, visando promover um desenvolvimento mútuo. Afinal, por mais que essa narrativa soe como uma alteração exclusivamente externa, ela se aplica, em grande parte, ao funcionamento interno dos negócios.
Essa perspectiva se estrutura de maneira ampla, impactando em diversas áreas simultaneamente. Através de um material autoral, a TOTVS elucidou parte da visão empresarial sobre esse tema. Segundo a marca, “(…) a incorporação do ESG à estratégia e modelo de negócios das organizações reitera a máxima de que que propósito e lucro são indissociáveis. Trata-se de validar que uma empresa tenha consciência sobre o seu papel enquanto empregadora e agente social”.
Esse reconhecimento se disseminou em diversos mercados e conquistou inúmeros escritórios ao redor do mundo. Conforme apontou um levantamento desenvolvido pela Folha de S. Paulo com base em dados do Google Trends, o interesse por esse termo no Google, em 2021, atingiu seu nível mais alto em 16 anos. Em uma conversão bruta, o texto indica que esse número seria quatro vezes maior que em 2020 e 13 vezes maior que em 2019.
Assim como destacou a TOTVS, existem pontos no meio corporativo profundamente envolvidos entre si. Portanto, métodos que desconsiderem esses fatores, principalmente o lucro, são praticamente inviáveis nesse sentido. Por isso, é fundamental encontrar um equilíbrio entre essas vertentes que, por mais que muitos considerem, não estão tão distantes.
Uma pesquisa desenvolvida pela Boston Consulting Group (BSG) ajudou a desconstruir essa convicção. Conforme apontou a consultoria, a adesão ao ESG resulta em inúmeros impactos positivos, desde um maior rendimento até o aumento do valor de mercado da companhia a longo prazo.
Por sua vez, a TOTVS considera que a aplicação dessa estratégia “(…) diz muito sobre o quanto a empresa está comprometida em relação a uma agenda mundial, de extrema relevância em governança corporativa. Está relacionada a uma empresa que está conectada às principais tendências e desafios globais da sociedade, que sabe o que é o certo a se fazer. É um compromisso”.
Mesmo sendo uma concepção extremamente pioneira para o seu tempo, o ESG demorou consideravelmente para ser colocada em prática. Somente em 2015, ano em que a ONU estabeleceu os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) que deveriam ser alcançados através da Agenda 2030, essa ideia passou a ser debatida com mais veemência. Por isso, para não atrasar ainda mais essa aplicação, é preciso muito planejamento.
Afinal, existem três pilares principais que devem ser levados me consideração nesse sentido, sendo eles:
Para aplicar esse ponto, é preciso seguir alguns direcionamentos mais incisivos voltados à redução do impacto ambiental promovido pelas empresas. Entre as ações mais notáveis nesse sentido, estão a gestão de resíduos, a utilização de energia renovável e a logística reversa de produtos.
Em cenários mais específicos, também é possível aderir a políticas de redução de desmatamento, a alteração de sistemas de captação e tratamento de poluentes e a utilização de materiais orgânicos.
Voltado a reflexos sociais, o aspecto coletivo do ESG deve ser direcionado a colaboradores e outros indivíduos impactados por determinada atividade empresarial. Para isso, podem ser aplicadas técnicas orientadas a planos de previdência, mudanças de organização interna, promoção de programas de incentivo e valorização trabalhista.
Assim como no caso anterior, as particularidades desse ponto permitem uma aplicação mais personalizada, adaptada às características organizacionais. Portanto, o incentivo a canais internos de denúncia, a lapidação da relação com clientes e a adesão a políticas que não firam os direitos humanos são extremamente importantes.
Por fim, o segmento governamental deve ser submetido às figuras de liderança de uma companhia. Para isso, administradores, diretores e gestores devem seguir os princípios da honestidade, integridade e transparência, sempre incentivando práticas saudáveis entre subordinados.
É importante destacar a relevância do fortalecimento de laços entre as camadas mais altas, sempre valorizando acionistas, conselheiros e outras peças desse calibre. E, claro, sempre destacando a democratização de ações internas, sempre pensadas e aplicadas em conjunto com todos os envolvidos.
Seguindo essa estratégia, é possível acompanhar uma das principais tendências do universo corporativo enquanto se melhoram as relações internas e os resultados a curto, médio e longo prazo.
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